Alma Vazia
Teus desejos agora serenados
Olvidados,submissos e pincelados
Em óleo ébano incandescente
Prazerosamente molda a árdua
Face em cortes profundos
Sombreando os matizes de estalactites
Tinge em cor de sangue rubro
As mãos altivas e nuas que acariciam
O alquebrado corpo retalhado
Não existe neste quadro de prata
A figura dos raros e fieis encontros
Nem as transparências do nada ressentido
Talvez as equivalências,equilibrando o vácuo
Em existências diversas,capturem o tom lúdico
Diluído no veneno das sombras místicas
Porque das reticências espessas,a sandice
Das almas vazias que agonizam na noite
Esperando apenas a redenção da vida