Fernanda

Fernanda, como posso lhe falar?

Como agir se de mil sinais se desfez?

Mas saiba Fernanda que em algum lugar,

as nuvens escuras já se foram,

e as folhas mortas foram-se com o vento.

O tempo e os dias se seguem.

O frio de inverno ainda incomoda

numa tímida manhã de primavera.

Mas, e você Fernanda?

E os seus doces lábios, onde estão?

Olhos como os seus,

iguais ao céu acima de nós.

Olhos como os seus,

lindos diamantes brilhantes

num rústico mundo de vidro.

Fernanda, nos seus contornos,

as formas sonham que serão pessoas.

No jardim a lagarta sonha em ser borboleta,

no jardim da minha vida, eu sonho com você.

Somente você, Fernanda...

Enrico Vizzini
Enviado por Enrico Vizzini em 18/03/2008
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