Arte Fria


Morre um amor
Agonia lenta
A morte inventa
Mil maneiras de doer
E nós
Seres estupidamente racionais
Assistimos impotentes
A fria arte de morrer
Mas o amor não morre
Ele vegeta e agoniza
E ressuscita no acalanto de um olhar
Quisera Deus
Tivesse eu o dom supremo
De matar esse amor
Na fluência de chorar