Menina do bosque
Dedico está poesia para todos que tem um amor platônico.=]
Menina do bosque onde estais? Em qual bosque vives?
Será nos bosques graciosos de tua fúlgida beleza?
Escondida entre as gardênias que de tão sublime
É de tua inerente semelhança
Ou será nos bosques desvairados?
Entoados em meus devaneios
Menina dos lábios de mel me diz!
Como não pensar em você?
Se do mel decorrente de tua boca
Faz-me esquecer do niilismo
E adentrar num tranze desvairado,
Um paraíso espectral de cores sibilantes
Rodopiando em minha mente
E apenas a calmaria e o silêncio
Dos teus lábios a me afagar
Menina Parnasiana! Me diz!
Como não pensar em você?
Se de tuas formas esculturais,
Se de tua pele macia, serena
Nem Van Gogh, Monet, nem nenhum impressionista
Nem nenhum parnasiano
Seria capaz de pintar e compreender tão demasiada beleza!
Então me atrevo a tentar entender-te
Menina do bosque
Então me atrevo a tentar procurá-la
Menina do bosque
Mas onde estais onde estais?
Em qual bosque vives?
Será nos bosques enigmáticos de tua alma angelical?
Ou será no obscuro ocultado por teu sorriso?
Não sei explicar, não sei compreender
Se na fala, te calas
Se no mudo, tu falas
Se no riso, choras
Se no pranto, ris
Explica-me!
Sussurra tuas melodias harmônicas em minh´alma
Penetra em meus sonhos, me devaneia, enlouquece-me
Com teu lancinante mistério orquestral
Ó menina dos bosques atônitos
Não sei te achar, não sei encontrar-te
Não sei o silêncio entre nós, não sei a mesa que te afasta
Não sei mudez em que olhas
Não sei a magnificência de teu sorriso
Não sei o tino de teu olhar
Não sei a tranqüilidade enaltecida de tua fala
Ó menina dos bosques forasteiros
Então ofusca-me, me desnorteia
Te videio em meus sonhos
Abraços te dou
Seguras em minha mão
Falas a mim lindas melodias
Num verter das pálpebras
Te calas! Somes! Desvaneces
Silêncio, silêncio!
Nos bosques ofuscados
E teus rastros se apagam na neblina
Restando apenas o alarde em meu coração