O PARTO DE UMA POETIZA OU DE UM POETA
Foi na estada da desesperança
Ou de um sonho de alguém ou na
Esperança, essas que travam uma
Batalha dentro do peito
E traz dor não sei onde ou em que parte
Do corpo dói mais, uns dizem que na alma
Quando pensam e outros dizem que no coração
E tem os que falam o coração não dói.
Mais na verdade eu não sei.
E numa destas batalhas fervente
De amor pelo amor que veio ou se foi
Ambos se encontram e se abraçaram
Gemidos roucos se ouviam pelos ouvidos
Surdo,vistos por olhos cegos sentidos na
Distância de quem ama.
Palavras fraseadas e gestos de velho (a)
Menino (a) ou de meninos velhos.
E num delirante momento expressa
Toda sua paixão, famintos de desejos
Enlouquecidos de tensão.
E a sabor de beijos, caricias
Roçam-se os corpos desnudos de pudor
Num louco e alucinante amor.
Atritando-se percorre a energia
De todo seus desejos quase prontos
A culminar com o acariciar e a
Emoção, aperta com as mãos, abraços
E beijos o corpo que traz a vida
Na morte nessa reação tão forte.
Falas antes calada, agora não
Entendendo muito bem, mais interpretando
Na alegria que vem, fala-se junto todo
Amor sentido, o amor que como atleta
Percorre toda extensão da pista
Entalhada pelo tempo passado que
Marcou o corpo amado.
Mais uma vez penetra naquele
Mundo emocional, que só lhe
Beneficia sem fazer-lhe nenhum
Mal.
Vê-se cativo dentro destes corpos delirantes
De dois amantes e os gemidos soam-lhes
Aos ouvidos na suplica de um
Pedido. O de não deixar de Amar.
Chega o momento para o Poeta o
Da Interpretação.
Estremece toda terra, e lhe foge
O chão, Hora sublime que no clímax
Jorra como lava de um vulcão
Momento calado por tamanha emoção
Êxtase chegado de tanta vibração.
E o Poeta aperta a pena em sua mão
Molha o papel escrito e sem ouvir
Nenhum grito para parir um poema
Que sem tema rasga-lhe o Coração.
E ao ver sangrar em vez de limpar
Molha suas mãos, no sangue inocente
Dos versos presente que é sua composição
E sem esperanças busca a crença
De ter novamente o Pai ou a Mãe
Desta criança para renovar as alianças.
Quanta festa ou lagrimas ao vê-lo
Nascido, o Poema querido que em
Tinta no papel foi escrito, por isso
Um calado grito...
E a dor Já tem esquecido.
Gestação que terminou com o amor
Ausente ou presente e com muita
Emoção.
“Parto realizado por um Poeta ou Poetiza”
Com as próprias mãos,
Sente na mente e no coração muita dor
Mais, com Imensa Satisfação.