COMO AS OUTRAS VEZES

O novo dia que surgiu, chegou

entregando-me uma vontade

de parar de gritar, de não

procurar por mais ninguém.

Sou uma voz que clama no deserto, não tenho encontrado

um jeito para poder alijar todo o

colorido dos jaezes que me enfeitam.

Tenho uma preocupante desconfiança que herdei com os meus dons circenses, que

não há interesse em saber quando estou triste, o porque que as lágrimas caem aparentemente sem razão de ser...

Por tudo isso, estou em vias de dizer para mim mesmo que chega,

para os outros não existem fórmulas, estou sempre sozinho.

Sou folha que desprende das

árvores anunciando o inverno, ou são coisas próprias da velhice, ou ainda, próprias de quem começa a atingir seu ápice...

E por falar em inverno, tenho sentido um frio a percorrer toda a

espinha, quiçá, por aguçar o pensamento que como outros invernos, não vou ter quem

me aqueça...

Wil
Enviado por Wil em 15/03/2008
Código do texto: T902834