A REVOLUÇÃO DAS FRUTAS
Era madrugada, na lavoura, feiras e mercados;
Momento em que tudo estava calmo, e todos já adormeciam;
De seus cachos, arbustos, lotes e pés, eram retirados;
E silenciosamente, uma revolucionária reunião, começariam!
Com 24 horas de atraso, chegaram as que vinham do Oriente;
Os quatro cantos da Terra, enviaram a sua representação;
Aqui já esperavam todas as nativas, e as do mesmo continente;
E em pouco tempo já formavam, uma incontável multidão!
Ao amanhecer, ciência e fervor social, deram-se as mãos;
E juntos percorreram o mundo, em busca de respostas;
Mas todo esforço de seu ímpeto, deu-se em ato vão;
O real paradeiro das frutas, haveria de frustrar todas as apostas!
Até que um simples poeta, o mais humilde, e também o menor;
Desconfiou certa feita, de tanta doçura oriunda de um olhar;
Saboreou num certo beijo, tal paladar, que dentre todos era melhor;
E o mistério das frutas fugitivas, ali parecia se desvendar!
As frutas do mundo inteiro, se rebelaram em seu existir;
Desistiram de ser consumidas, e hoje se escondem naquela mulher;
Todas que se estragam e também as amargas, preferiram retroagir;
Feliz o poeta, por deter naquele corpo, o sabor da fruta que quiser!!