A REVOLUÇÃO DAS FRUTAS

Era madrugada, na lavoura, feiras e mercados;

Momento em que tudo estava calmo, e todos já adormeciam;

De seus cachos, arbustos, lotes e pés, eram retirados;

E silenciosamente, uma revolucionária reunião, começariam!

Com 24 horas de atraso, chegaram as que vinham do Oriente;

Os quatro cantos da Terra, enviaram a sua representação;

Aqui já esperavam todas as nativas, e as do mesmo continente;

E em pouco tempo já formavam, uma incontável multidão!

Ao amanhecer, ciência e fervor social, deram-se as mãos;

E juntos percorreram o mundo, em busca de respostas;

Mas todo esforço de seu ímpeto, deu-se em ato vão;

O real paradeiro das frutas, haveria de frustrar todas as apostas!

Até que um simples poeta, o mais humilde, e também o menor;

Desconfiou certa feita, de tanta doçura oriunda de um olhar;

Saboreou num certo beijo, tal paladar, que dentre todos era melhor;

E o mistério das frutas fugitivas, ali parecia se desvendar!

As frutas do mundo inteiro, se rebelaram em seu existir;

Desistiram de ser consumidas, e hoje se escondem naquela mulher;

Todas que se estragam e também as amargas, preferiram retroagir;

Feliz o poeta, por deter naquele corpo, o sabor da fruta que quiser!!

Reinaldo Ribeiro
Enviado por Reinaldo Ribeiro em 15/03/2008
Código do texto: T901928
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