O PREDADOR

Nem foi preciso, uma única palavra;

De sua toca emocional, ele surgiu voraz e sorrateiro;

E só então apercebeu-se a presa, do risco em que se achava;

O apurado olfato, detectou-lhe o cio, como também o paradeiro!

E quando se avistaram, presa e predador, naquele dia;

Mesmo à distância, ambos discerniram as mútuas intenções;

Ele, aguçado em seus instintos, alimentar-se dela queria;

Ela temerosa, relembrava os sonhos em que já lhe fora refeições!

Veloz como um guepardo, ele avançou em sua direção;

E a força dos leões, se fez presente àquela hora;

Ferozmente dilacerava seus pudores, e lhe violava o coração;

Entrelaçado aos seus cabelos, não pretendia mais ir embora!

Com sua boca ele a prendeu, e lhe proporcionou cenários e viagens;

Em seus bramidos, ela acordou o luar da linda madrugada;

E por ele foi devorada, em diferentes paisagens;

Jamais sentiu-se tão plena, ainda que tão despedaçada!

É dito nos adágios, e proclamado dentre tantos;

Que pra muitas mulheres, seu sonho de paixão, jamais se realizou;

Algumas dedicam a homens comuns, os seus encantos;

Outras preferem o voraz e desavisado, ataque de um predador!!

Reinaldo Ribeiro
Enviado por Reinaldo Ribeiro em 15/03/2008
Reeditado em 25/07/2008
Código do texto: T901764
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