Andando no teu corpo


Se eu pudesse parar o tempo,
Ainda encontraria o teu sorriso,
Mesmo que distante na saudade,
Ainda haveria bastante tempo.

Ah! Se eu pudesse voar ao encontro,
E soubesse onde os teus passos marcavam,
Eu poderia apressar os meus na tangente,
Mais veloz que a luz e o som.

Ainda não acostumei com a tua distância,
Que me separa entre o céu e a terra,
Entre montes, rios, vales e cerrados,
Brotando na minha face essa atmosfera.

Chega à noite e nada posso fazer,
Nas madrugadas em que os teus olhos,
Adormecem na varanda do silêncio,
Cintilados na minha mente acordados.

Ah! Se eu pudesse desviar a estação,
Levando-me na hora que eu quisesse,
Ainda encontraria o teu sorriso,
Debruçada nos braços do longo sono.

O meu ardente sentimento não será vencido,

Ainda rebate nas águas salgadas do mar,

Mesmo na imensidão do grande universo,

Posso contar as estrelas e agasalhar uma.

 

Nem mesmo a escuridão da sexta-feira à noite,

Não será capaz de apagar todas as tuas imagens,

Plantadas nas sementes das minhas pupilas,

Que atravessam aonde você possa estar.

 

Eu sei que não posso triunfar em sonhos,

Mais posso fazer dos sonhos os melhores castelos,

Reinando mesmo sozinho no cósmico,

Sou um eterno navegador desses sentimentos.

 

Se não existir castelos, farei uma constelação,

Maior que o próprio sol e o tempo,

Uma galáctica interminável neste intervalo,

De onde poderás me rever com o teu olhar.

 

Meu amor! É tudo o que eu posso fazer,

Nesta longitude que pra mim não existe,

Apenas um giro dos meus olhos abertos,

Eu posso transformar o invisível do amor.

Nas mais puras emoções que já me possuístes.


Beijar-te-ia imensamente até o sol nascer,
Pelas frestas da janela do teu ap, levemente,
Porém, não, não posso invadir o tempo,
Mais posso ultrapassar todas as horas,
Pensando em ti com a minha mente.



ERASMO SHALLKYTTON
Enviado por ERASMO SHALLKYTTON em 15/03/2008
Reeditado em 15/03/2008
Código do texto: T901734
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