GRITO DE DOR...

Grito de dor,

Imenso e sem fim,

Ouviu-se nas trevas da noite...

Vinha de um coração

Atingido e esmagado:

Por sonhos perdidos,

Da etapa no fim,

Por afãs tão sofridos...

Por metas chegar...

Por forças ocultas

Mil vezes brotadas,

Por lutas heróicas

Em fel destiladas...

Por amor esmagado

Em tão pouca ternura...

Pelo que resta

Da febre da vida:

Um feixe de nervos

Vibrando amargura...

Por nua verdade,

Já sem preconceitos,

O grito da mágoa

Se expande no peito...

E todo o silêncio

Vivido e “perfeito”,

Se agita, debate,

Rompendo barreiras:

Por dor, por direito,

Num grande clamor!...

Por dor, por direito,

De viver seu amor!...

E lá nos eirados,

Nos campos,

Nas matas,

As ervas, os musgos,

E a folhas e flores,

Choraram também

Na noite em que o grito,

Extravasando as barreiras

Em tristeza se ouviu!...

Na noite em que o grito

Clamando justiça

Alcançou liberdade

Clamando nas trevas

Ecoando no mundo:

Justiça! Justiça!...

E quando o dia amanheceu

As folhas e as flores,

As ervas e os musgos,

Fizeram-se belas

Ao brilho do sol...

E o grito... perdeu-se...

Nas brumas da noite...

Raiou a manhã.

..................................sem data............

..................................sem tempo.........

ESPERANÇA
Enviado por ESPERANÇA em 14/03/2008
Código do texto: T901142
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