Para Cris, chuva minha...
Deve haver algum lugar
No meio desta tarde amarela
No mundo, no imaginar
Chovendo amor...
Quero sentir os pingos
O ressoar do trovão...
Ribombando divino
Acordes e canção...
Minha razão quer vazar...
Para além do coração...
Ver a chuva encharcar os olhos
Do amor que cabe na palma da mão.
Sentir o cheiro da terra
Onde pisas delicada sua mansidão...
Ficar preso, sem resgate
no seu olhar, inefável prisão.
Deve haver algum lugar
Nessa tarde de toda beleza
Chovendo amor
Inteira certeza
De ser sempre assim...
Eu e você molhados
Pelas águas do que somos
Encharcados...
Meu amor por você
Fértil renascer.