homem na sala de aula do Mobral
me comove o seu gracejo
que você não concedeu
ao homem do realejo
que bem podia ser eu
me comove a gargalhada
que você não quis soltar
eu fazia palhaçada
mas você nem quis notar
me comove a inteligência
de você e os seus reparos
naquilo que escrevi
me comove a exigência
desses olhos que tão claros
me mostraram o que não vi
Rio, 11/12/2006