Bão também
Eu tenho o meu cantinho
Que é só meu e de mais ninguém.
É nele que eu me recolho
Pra me isolar do mundo
E o que é que tem
As vezes a solidão
Me faz um grande bem.
De repente começo a escrever
As coisas que na mente vem
Procurando um alívio
Da saudade do meu bem
Vou fazendo alguns versinhos
E a angústia vai passando
E isso é bão também.
Depois de aliviado
Vou saindo de mansinho
E como um bom mineiro
Faço tudo devagarinho
Não tenho pressa alguma
De terminar o meu caminho.
Se a coisa apertar de novo
Eu volto pro meu cantinho
Outra vez estou escrevendo
O que penso de você
Se me chamam de maluco
Eu digo o que é que tem
Se amar é maluquice
Isso é bão, é bão também.