Teu

Toma-me de assalto e leva de mim as mágoas.

Sou teu, inteiro, portanto, reconstrua minha alma.

Há tempos vago pelo mundo à espreita,

nas eiras e beiras de tantas janelas,

ora abertas... ora fechadas.

Beirais e soleiras, tristonhas fachadas...

mergulhado no imenso vazio de um nada absoluto,

respiro a poeira cósmica de meus antecedentes.

Nem sempre tão bons, mas deveras carentes;

transmutados por palavras de um mero prosear,

disfarçados na poesia que insisto em dissertar...

SATURNO
Enviado por SATURNO em 12/03/2008
Reeditado em 02/08/2013
Código do texto: T898156
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