Teu
Toma-me de assalto e leva de mim as mágoas.
Sou teu, inteiro, portanto, reconstrua minha alma.
Há tempos vago pelo mundo à espreita,
nas eiras e beiras de tantas janelas,
ora abertas... ora fechadas.
Beirais e soleiras, tristonhas fachadas...
mergulhado no imenso vazio de um nada absoluto,
respiro a poeira cósmica de meus antecedentes.
Nem sempre tão bons, mas deveras carentes;
transmutados por palavras de um mero prosear,
disfarçados na poesia que insisto em dissertar...