Coabitam-me pecados

Fervem-me bramidos tantos

que, ao chorar algum pranto,

meu coração se sufoca.

Doem-me n’alma sacrifícios

e o que não te aviso

é justamente o que de mim se esconde.

Valsas de desejos

salvas de sentimentos

e onde te massageio

moram os meus venenos,

tão suaves

tão palatáveis

que chegam a cheirar a teus doces incensos.

Arde-me o que não te direi

e, se por amor um dia pequei,

deixem-me viver com esses pecados

lado-a-lado

como um rei sem trono

mas dono de minhas lindas majestades.