Chuva de amor

Houve uma vez um Verão em que o sol

Não brilhava, praias eram desertas, o amor,

De atenção dispersa, os lares rondava

Distante cantava a seriema, os bichos,

Coitados, dava pena, cantavam com

Vontade de chorar e eu menino

Franzino não tinha meios para ajudá-los.

O beija-flor eu via tirar o necta das flores

Enquanto a dama da noite me fazia

Seu bálsamo respirar, logo um clarão

Divino abriu-se vindo me avisar:

- Invertem-se as Estações do Ano

De tanto o homem a natureza

Alterar, morrem folhas, ficam fibras

Pro gado se alimentar, afirmo que noutra

Estação chuva de amor vai rolar.

R J Cardoso
Enviado por R J Cardoso em 11/03/2008
Reeditado em 12/03/2008
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