Um amor que vai embora

Já não dói...

A resistência se constrói.

O mar seco nos olhos,

A retina, ah! A retina,

Que gravada tão bela imagem continha!

Hoje um árido deserto,

Sem olhar ao certo,

Sem saber o que enxergar,

Sem ter a imagem querida por perto,

Nem lágrimas para lhe molhar.

Não há mais súplicas de dor,

Uma tristeza infinitamente triste.

A certeza de que o amor,

Dolorosamente não mais existe.

Por fim chora...

Escorre o sangue na face,

Um amor que vai embora.

Um momento de desenlace