BARLAVENTO ( RONDÓ)
BARLAVENTO
Jorge Linhaça
Barlavento, vento barra,
sopra as velas já içadas,
nesse mar que nos separa
un'as almas inflamadas
As almas apaixonadas.
num amor que se escarra,
em cada linha trocada,
como a lua, cheia e clara.
O barquinho vai, navega,
vai, às cegas, pelo mar,
mas, ao navegar, enxerga,
entre as nesgas do luar.
Vento barra, barlavento,
segu'a linha do horizonte,
segue em busca de alento,
até onde o sol se esconde.
Segue o vento até onde
se apague o tormento
Veja lá se me responde:
onde vai meu pensamento?
O barquinho vai, navega,
vai, às cegas, pelo mar,
mas, ao navegar, enxerga,
entre as nesgas do luar.
Segue, ó barco, no teu rumo,
desbravando a imensidão,
com as velas bem a prumo,
em feitio de coração.
Segue os ventos da paixão,
leva o tempo por insumo,
alimenta esta emoção,
que, sem medo, ora assumo.
O barquinho vai, navega,
vai, às cegas, pelo mar,
mas, ao navegar, enxerga,
entre as nesgas do luar.
O meu coração veleja,
junto a ti,ó meu amigo,
que esta viajem seja.
de alegria e não castigo.
Pois sei que levo comigo
-ainda que ninguém veja-
os meus braços, como abrigo.
ao meu amor, onde esteja.
O barquinho vai, navega,
vai, às cegas, pelo mar,
mas, ao navegar, enxerga,
entre as nesgas do luar.
BARLAVENTO
Jorge Linhaça
Barlavento, vento barra,
sopra as velas já içadas,
nesse mar que nos separa
un'as almas inflamadas
As almas apaixonadas.
num amor que se escarra,
em cada linha trocada,
como a lua, cheia e clara.
O barquinho vai, navega,
vai, às cegas, pelo mar,
mas, ao navegar, enxerga,
entre as nesgas do luar.
Vento barra, barlavento,
segu'a linha do horizonte,
segue em busca de alento,
até onde o sol se esconde.
Segue o vento até onde
se apague o tormento
Veja lá se me responde:
onde vai meu pensamento?
O barquinho vai, navega,
vai, às cegas, pelo mar,
mas, ao navegar, enxerga,
entre as nesgas do luar.
Segue, ó barco, no teu rumo,
desbravando a imensidão,
com as velas bem a prumo,
em feitio de coração.
Segue os ventos da paixão,
leva o tempo por insumo,
alimenta esta emoção,
que, sem medo, ora assumo.
O barquinho vai, navega,
vai, às cegas, pelo mar,
mas, ao navegar, enxerga,
entre as nesgas do luar.
O meu coração veleja,
junto a ti,ó meu amigo,
que esta viajem seja.
de alegria e não castigo.
Pois sei que levo comigo
-ainda que ninguém veja-
os meus braços, como abrigo.
ao meu amor, onde esteja.
O barquinho vai, navega,
vai, às cegas, pelo mar,
mas, ao navegar, enxerga,
entre as nesgas do luar.