"Solare"
"... Diante deste seu sorriso o que posso fazer,
A não ser tentar desvencilhar-me deste olhar que me congela.
Não sinto meus pés diante da sua presença.
E some o chão quando te vejo ao passar pela calçada deserta,
Mesmo em meio a multidão eu só a ti exergo,
Nua a sua pele quando por mim passa exalando o teu frescor,
Exibindo o seu viço.
Que permanece intacto mesmo com o passar do tempo.
Viço esse temperado e ao ponto.
Signo de Deusa, rainha,
Objeto dos meus desejos e sonhos.
Segredo meu.
Luz do meu dia,
Farol dos meus mares.
Multiplicidade crescente,
Na forma e na medida exata.
Expoente.
Encanta e seduz entre sorriso e lagrimas de alguns.
Que loucos como eu se aventuraram a navegar neste oceano de sonhos que é você.
Eu perdido em sentimentos só posso continuar sentido,
Vivendo.
Só.
A te observar no universo das palavras sem nexos,
Poemas sem textos, versos inexatos,
Platônica paixão.
Sentimento inerte.
Pois meu mundo se movimenta através do seu eixo.
E assim passo os meus dias perdido no tempo,
No espaço em que você é o astro rei..."
("Solare", by Carlos Venttura)