ETERNIZAMOS
Nossos passos se confundem pela manhã de palha
Nos restos de sol entre gotas de puro orvalho
Servido em pétalas nuas de sombra
Enquanto caminhamos lado a lado
E envelhecemos nosso amor
Em nossa cama de carvalho...
Levou o vento a incerteza clandestina
Quando o sol a pino abraçou o meu silencio
Engravidando a tarde de cores crepusculares.
E a noite parindo estrelas cadentes
No claro-escuro do nosso quarto
Finda anseios, cria gemidos e sussurros...
Entre aberta a porta
A sua mão escreve no meu ventre liso
O nome pelo qual me chama
E seus lábios beijam a leveza de meus pés descalços
Estendendo cada minuto
Na eternidade de um sorriso...*