PASSAS-TE (versão II 2008)

Aos meus amores, reais ou imaginários, passados, presentes e futuros, mas, sim, aos meus Amores

PASSAS-TE

(versão II 2008)

Mil dias a meu lado

Ou teriam sido mil horas

Ou segundos

Eu nunca sei ao certo

Porque faço sempre mal as contas

Ao meu passado

Passas-te

As mãos ternamente pelos meus cabelos

E imaginas-te o impossível de uma relação

Morta de inicio

E que só poderia existir na minha imaginação

Passas-te

Um livro para as minhas mãos

Que era o livro da tua vida

E eu só consegui ler um capítulo

Pois sou incapaz de lidar

Com este tipo de feridas

Passas-te

Infinitas palavras pelos meus lábios

Onde morava a promessa de um beijo

E de carícias íntimas que só a nós diria respeito

Eu atalhei essa estrada

Pois como sempre

Levo tudo a eito

Passas-te

Um filme sem pausas

Onde retratavas a tua forma de estar

Percebendo então

Que deveríamos para a perpetuidade

Estar um em cada seu lugar

Passas-te

A promessa de uma eternidade

Pelos meus olhos cativos dos teus

Acreditando

Por uma fracção de tempo

Que em tempos

O teu sonho

Também poderia ter sido o meu…

Passas-te