Um anjo áureo

Ó grácil donzela de tranças loiras

Que me martiriza com tua sublime beleza

Entre as ondas do mar que é a paixão

Onde não vislumbro nada, além de tua nobreza

Deveras tua graça seleta, à vista não é manifestada

O que dá um requinte a mais em tua face majestosa

Aquele que te repara fisicamente, não te tem o melhor

Pois este é oculto, em teu jeito de ser, lhe deixando mais formosa

Teu globo ocular tão gracioso

Parece alheio a qualquer ocorrência

Possivelmente afetiva, em teu rodeio

Que lhe cobiça com veemência

Menina envolta em carapuça adulta

Mulher guiada por espírito doce e ameno

Tão pura és como o orvalho primeiro

Da estação antecessora a primavera, peculiar do sereno

Hamlet
Enviado por Hamlet em 08/03/2008
Código do texto: T892731
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