Um anjo áureo
Ó grácil donzela de tranças loiras
Que me martiriza com tua sublime beleza
Entre as ondas do mar que é a paixão
Onde não vislumbro nada, além de tua nobreza
Deveras tua graça seleta, à vista não é manifestada
O que dá um requinte a mais em tua face majestosa
Aquele que te repara fisicamente, não te tem o melhor
Pois este é oculto, em teu jeito de ser, lhe deixando mais formosa
Teu globo ocular tão gracioso
Parece alheio a qualquer ocorrência
Possivelmente afetiva, em teu rodeio
Que lhe cobiça com veemência
Menina envolta em carapuça adulta
Mulher guiada por espírito doce e ameno
Tão pura és como o orvalho primeiro
Da estação antecessora a primavera, peculiar do sereno