AMO-TE

Amo-te.

Dum amor que me não cabe no peito,

Rio rebelde para quem não basta o leito

E se escapa nos poros da minha pele,

E se espraia no relevo do meu corpo...

Amo-te assim...

Como se o mundo parasse p'ra eu passar,

Como se o ar me custasse a respirar,

Porque só de amor o meu ânimo se alimenta

E o coração é só batel que busca o porto...

Amo-te tanto...

Que o sentimento transborda o meu olhar,

Que os meus sentidos se unem p'ra te cantar

Em versos que não encontram relicário

Ou nobre pena que mereça o que exorto...

Amo-te, enfim...

Mas não descubro palavras para polir,

Sublime azul onde eu possa fazer fluir

A essência rara que eu queria decantar!

Então escrevo só teu nome ... verbo amar!