O amor pela vida me brota

Um peso abandona-me as costas ao pensar

Que em nada sou obrigado a ser ou fazer,

Habita-me o alívio no espírito nesse querer

Que torna a natureza senhora de meu portar.

Tenho na alma a escolha do que vou ser e do que querer.

A história me pesa e me cobra

Ser herdeiro de tradições que me perseguem,

Não quero mais dever á essa horda

Quero minha vida de volta e ser dono do além.

Serei senhor de mim mesmo, dono de meu destino.

Terei as amarras da vida arrancadas em minhas mãos,

Terei as chaves das trancas quebradas sobre a terra,

Arranco os grilhões na alma que me afastam corações

Arrebento os muros que me separam de minha guerra.

Estou livre para enfrentar meus medos e demônios.

Vou em busca de mim mesmo para os outros achar

Volto para dentro de meu ser para o mundo entender

Abro os sentimentos para sofrer a vida de tanto amar

E debruço-me ao destino postando-me ao meu entardecer.

Foi-se o tempo em que amanheci, passaram-se as manhãs de sol, chegou a vez do entardecer, o crepúsculo me espera, é a vez de poder enxergar o universo das estrelas com o olhar sereno.