Prisioneiro do amor
Busco na profundidade do meu ser o verdadeiro
Amor para viver, se não consigo esperneio, falo
E grito para o infinito me ouvir, se não me ouve
Sinto na aflição o desejo perene do bem-querer
Às vezes me pergunto: por que tanto querer assim?
Se meu coração já não cabe tanta paixão recolhida
Desejo de felicidade, amor que saudade, estou só,
Porque me deixaste minutos atrás nessa larga avenida.
Nela tudo é silencio as luzes a vapor de mercúrio
Redobram minha atenção, espero o sol vespertino
Com meu sorriso menino e forasteiro folgazão.
Abro à janela, a paisagem me convida a beleza
Mas por trás dessas grades fico sem destreza
Minha liberdade está presa nessa sala de cadeia
Onde a verdade cerceia meu amor, minha ilusão.