Prisioneiro do amor

Busco na profundidade do meu ser o verdadeiro

Amor para viver, se não consigo esperneio, falo

E grito para o infinito me ouvir, se não me ouve

Sinto na aflição o desejo perene do bem-querer

Às vezes me pergunto: por que tanto querer assim?

Se meu coração já não cabe tanta paixão recolhida

Desejo de felicidade, amor que saudade, estou só,

Porque me deixaste minutos atrás nessa larga avenida.

Nela tudo é silencio as luzes a vapor de mercúrio

Redobram minha atenção, espero o sol vespertino

Com meu sorriso menino e forasteiro folgazão.

Abro à janela, a paisagem me convida a beleza

Mas por trás dessas grades fico sem destreza

Minha liberdade está presa nessa sala de cadeia

Onde a verdade cerceia meu amor, minha ilusão.

R J Cardoso
Enviado por R J Cardoso em 07/03/2008
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