SOMOS CULPADOS

Eu te vejo andando sozinha, sorrindo.

Passa, conversa, desconversa e vai embora.

Perto de mim você sorri, vive fingindo.

Mas longe, junto com a minha saudade você chora.

Eu nunca te neguei o meu amor, minha paixão.

Já sofri calado, mas continuo te amando.

Você ainda é absoluta no meu coração.

Eu também finjo, e ao mundo vou enganando.

Nós somos culpados do final infeliz.

Não soubemos respeitar o amor, um do outro.

Você fez tudo errado, infelizmente, eu também fiz.

Para nos afastarmos tanto, pouco a pouco.

É uma pena que seja essa a verdadeira situação.

Mas eu faria tudo outra vez, pra te dar o meu coração.

Preciso do teu amor, de todo teu carinho.

Não me apaga da tua vida, não me deixa sozinho.

Vamos nos consertar e dar-nos outra oportunidade.

Para vivermos o amor de verdade.

Não podemos mais viver sozinhos, separados.

Se é nosso o desejo de vivermos, lado a lado.

O que importa é o nosso grande amor.

Já não importa quem foi o culpado.

Manaus, 12 de março de 1994.

Marcos Antônio Costa da Silva