Florir

Edson Gonçalves Ferreira

Minha roseira floriu.

Tornou-se branca duma pureza infinita!

A velha árvore nascida quando ainda eu era menino,

Hoje, ternamente, os seus braços abriu

E soltou suas filhas em profusão.

Aos olhos de eu criança,

Trazia simplesmente um doce encanto.

Agora, aos meus olhos de moço,

Traz-me ternura, amor e um doce enlevo de sonhar contigo...

E pensar que, um dia, quem sabe, talvez

Eu possa, nós possamos

Ser como a minha roseira...

Abrirmos nossos braços,

Soltarmos, humildemente, nossos rebentos... nossas mudas.

Extraído do livro "Poedsana", de estréia do poeta Edson Gonçalves Ferreira, publicado em 1972.

edson gonçalves ferreira
Enviado por edson gonçalves ferreira em 06/03/2008
Reeditado em 06/03/2008
Código do texto: T889232
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