Queria apanhar os sonhos nas mãos.

Queria apanhar os sonhos nas mãos

Como se fossem grãos de areia em noite enluarada

Beijar a relva do teu corpo toda molhada

Ver dentro dos teus olhos pequeninos minha

Eterna solidão,tua ternura, minha razão

Permeando o rosa pálido deste rosto

Queria tanto recolher as águas banidas em poças

Cristalinas,ainda menina,abrir meu coração sobre

A pedra úmida,em adágios recolhidos deste prelúdio

Há! Como quisera rebater os açoites com desprezos

Empoeirados , deglutir todas as manhas que sofri

Tal o desinteresse que me desprezas ,nesta agonia.