Asas

As borboletas se foram

É o fim da primavera

Sentinelas do seu vendaval

Irracional, sem um sentido notório

Que só causava ausência

Cuja permanência dentro dos meus olhos

Não pode suportar...

Que história querias?

Se lhe faltava tintas nas veias

E agenda pra chorar?

Que velas acesas permaneceriam

Diante do vazio do seu olhar?

Ou que preces farias se você tivesse no meu lugar?

Os vaga-lumes...

A sim os vaga-lumes...

São borboletas da noite

São velas que não conseguiram ser acesas

Refletidas no olhar

E são as preces mais bonitas

Que esqueceram de contar.

Diego Moraes
Enviado por Diego Moraes em 05/03/2008
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