CARINHO DA POETISA
CARINHO DA POETISA... ALENTO AO TROVADOR
(Gil de Olive e Cleide Yamamoto)
GO
Nessa noite calma e escura,
sem o luar, e tão chuvosa,
e minha noite da amargura
por isso, esta tão silenciosa...
CY
Nem assim, não será grandiosa
A noite, que traz na partitura
A melodia da chuva, mui preciosa
Podendo elevar a alma às alturas.
GO
Os pingos, da chuva que cai,
que umidecem meu violão,
mesmo assim, saindo vai,
as vagas notas, na solidão...
CY
E goteja nota a nota, em confissão
Ampara uma lágrima que se esvai
Nesses acordes, do solitário violão
Toda uma amargura, do coração sai.
GO
Esta sem voz o trovador,
por isso hoje, não tem canção,
sentindo a saudade de um amor,
fica em luto, meu coração...
CY
Chuva e lágrimas em uma só oração
Emudecem o trovador agora em dor
A saudade que pesa, é a escravidão
Que não apaga, felizes dias de amor.
GO
Em silêncio, a me perguntar,
de que, minha alma precisa,
queria, a luz do seu olhar
queria o carinho,da poetisa...
CY
D'um olhar poesia, à chuva profetiza
E silenciosa, sem mesmo, o lindo luar
A poetisa, entre dor e amor, faz divisa
Cedendo os versos, só para lhe alegrar.