SEU NOME
Se seu amor é ardente
Sua chama me consome
Alguém já disse algo assim
Mas eu amo até o seu nome
Na avenida quando eu passo
Qualquer avenida, já esqueci
Se eu pudesse colocava
Um nome só em todas: Valdeci
Uma brisa suave tocou-me a face
Estremeço, e fico a ouvir
Ele por toda a avenida repetindo
Valdeci, valdeci, valdeci...
O sol que também me abrasa
Enquanto caminho a sentir
Seus raios sempre me perguntam:
Hei você, onde está Valdeci?
Percebi então que eles brincavam
Se é dia e onde estão
Talvez ao me perguntarem
A tua face beijarão
Até mesmo os passarinhos
Que nas árvores só pensam em si
Sempre cantam por onde voam
O seu nome Valdeci
Fala-me de você o passado
Das horas passadas que revivi
As horas que ficamos lado a lado
Elas também dizem Valdeci
Valdeci eu lhe chamo
E caso parar um dia.
Uma voz sempre dirá
Seu nome, nesta minha poesia
E se isto acontecer
Não se espante querida
Não é sonho ou talvez seja
Mas meus versos tem vida.
Tudo isto vem de você!
SALVADOR, 08/10/71.
Barret.