ESTÁS IMPREGNADO EM MEU SER

Chegas manso.

Como o mar.

Em calmaria.

Chegas e vou sentindo uma alegria.

Uma auréola de paz me invade a alma.

Fico tão calma.

Mãos no colo esquecidas.

As rosas que eu queria te oferecer adormecidas...

Chegas manso, meu amado...

Chegas manso...

Vens das lembranças.

Num emaranhar de tranças.

Alcanço um carvalho.

Alguém dependurado no galho.

Subir e te alcançar?

Te esperar ao chão chegar?

Fico a olhar.

Longamente a admirar.

Eu, uma menina.

Tu, um menino.

Eu tão risonha...

Tu, um levado.

Eu te guardo de outro tempo... Do passado.

Chegas manso...

Na lembrança eu descanso.

Fecho os olhos...

Com meu amado rodopio, danço.

Nunca que vou te esquecer.

Fizeste parte de outra vida.

Estás impregnado em meu ser.

SONIA DELSIN
Enviado por SONIA DELSIN em 04/03/2008
Reeditado em 13/04/2011
Código do texto: T886827
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