Reforma das Ruas

Às vezes somos

Rua de paralelepípedos.

Dispostos no chão,

Abrindo os braços

Desejando abraços

Um do outro.

Mas há sempre

Um espaço

Que nos separa.

Como um rio as margens opostas,

A gaiola o pássaro,

E peixes que procuram portas

No aquário.

Somente quando estamos juntos

É que nossa rua torna-se avenida

Banhada de asfalto.

André Espínola
Enviado por André Espínola em 03/03/2008
Código do texto: T884940
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