Reforma das Ruas
Às vezes somos
Rua de paralelepípedos.
Dispostos no chão,
Abrindo os braços
Desejando abraços
Um do outro.
Mas há sempre
Um espaço
Que nos separa.
Como um rio as margens opostas,
A gaiola o pássaro,
E peixes que procuram portas
No aquário.
Somente quando estamos juntos
É que nossa rua torna-se avenida
Banhada de asfalto.