Canto do amor

Canto, não porque sou alegre ou triste, nem

Porque minha alma está infeliz

Não sou ator, nem cantor da coisa feia

Sou poeta, teço como a aranha a teia

Sou garimpeiro do que de fato não existe

Meu prazer é seu contentamento

Saio ao amanhecer, à noite entro

Sou filho do vento, feito pra viver.

Caio e me levanto, fico e me simplifico

Se me disfarço não sei,

- às vezes fico ou desapareço

Canto porque a canção existe

E foi feita pra cantar, se é ritmada

E melodiosa é eterna. Um dia

Morrerei e para o nada viverei.

R J Cardoso
Enviado por R J Cardoso em 03/03/2008
Reeditado em 03/03/2008
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