Canto do amor
Canto, não porque sou alegre ou triste, nem
Porque minha alma está infeliz
Não sou ator, nem cantor da coisa feia
Sou poeta, teço como a aranha a teia
Sou garimpeiro do que de fato não existe
Meu prazer é seu contentamento
Saio ao amanhecer, à noite entro
Sou filho do vento, feito pra viver.
Caio e me levanto, fico e me simplifico
Se me disfarço não sei,
- às vezes fico ou desapareço
Canto porque a canção existe
E foi feita pra cantar, se é ritmada
E melodiosa é eterna. Um dia
Morrerei e para o nada viverei.