Infinito; sinônimo deste sentimento,
Que se apodera do limite sensato.
Fazendo tua ausência ser tão mais,
Tanto como estrela em colapso,
Que transporta a dor para dentro,
Consumindo-se em total solidão.
 
Quando esperanças flutuam escassas,
Sustentadas pela profundidade escura.
E no horizonte não mais vejo os olhos,
Que me aprumavam o simples destino,
Um pedaço de conforto entre loucuras,
Outrora carícias cálidas no meu coração.
 
Eu e o intento revestido de vontade vã.
Perdido na imensidão dos agouros.
Adulterando aos poucos meus vis apuros,
Para escapar dessa estanque monotonia.
E então se possível não mais desejar,
Ser de ti um amor que se fez impossível.
 
Mulher; teu nome é saudade insuflada,
E meu ofício; navegar na tua superfície.
Instável e quase sempre dissimulada,
Só para contigo usufruir dessa bonança,
Que sempre chega após o capricho,
Que teu sorriso sinaliza no fiel porvir.
 
O porto fica mais distante quanto maior
E mais intenso for o vazio da ocasião.
 
 
 
 
Gerson F Filho
Enviado por Gerson F Filho em 02/03/2008
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