Texto de minha autoria,
intercalado com versos de
"Marília de Dirceu",
"Dr. Tomás Antonio Gonzaga
jurista e poeta luso-brasileiro
considerado proeminente árcades.
Arcadismo: escola literária da Europa,
movimento de exaltação à natureza.
Patrono da Academia Brasileira de Letras,
ocupando a cadeira de n° 37.
Participou da inconfidência mineira,
foi preso em 1789 em Minas Gerais,
exilado por 3 anos no Rio de Janeiro
e degredado para Moçambique
onde fez o poema à sua amada pastora,
Maria Dorotéia Joaquina de Seixas,
poema inesquecível: Marília de Dirceu."
Marilia, o berço onde nasci
Dirceu de Sampa...o conheci.
Mina poesia, a mais bela criação,
Dirceu e Marília, amor e paixão.
“Mal vi o teu rosto,
O sangue gelou-se,
A língua prendeu-se,
Tremi, e mudou-se
Das faces a cor.”
Foste meu jardim em flores,
em teus braços fiz nascer poesias,
cantei pra ti todos os louvores,
chorei de dor quando tu partias.
“O destro cupido um dia
extraiu mimosas cores
de frescos lírios, e rosas,
de jasmins, e outas flores."
Alçaste o vôo da águias,
te elevaste ao firmamento
levaste os sorrisos meus, os sonhos,
deixaste-os ao sabor do vento.
“Ah! Socorre, Amor, socorre
Ao mais grato empenho meu!
Voa sobre os Astros, voa,
Traze-me as tintas do Céu.”
Amor dos meus amores,
foste minha plena felicidade,
sua Marília sofre as dores,
padece a tua saudade.
“ Cupido, que a viu de longe,
Contente ao lugar correu;
Cuidando que era Marília
Na face um beijo lhe deu.”
Onde a lua parou para amar
...em sua eterna lua de mel,
vou encontrar-te amado meu
bem ali no canto do céu!
“E crês, Marília, que devem
ver em meus olhos penduradas
tristes lágrimas salgadas
correrem dos olhos meus?
Envolta em infinita saudade
e o coração consternado
vejo-te como estrela de luz,
meu guia...meus passos conduz!
"Ah! não posso, não, não posso Dirceu, dizer-te adeus!"