UM OLHAR
Essa porta que não se abre,
Que deixa apenas um vão de olhar
Um risco de estrela no chão batido
Quando teus pés te trazem para mim
Dando-me a tua pele para cobrir-me.
Eu queria esta cegueira que me entorpece
Que me deixa rente aos teus carinhos
Numa gota de orvalho na tua boca
Num pingo de mel na minha pele.
Essa porta que não se abre,
Adiando o teu amor o teu querer
Neste jardim de flores e areias
Somente a espera se faz presente.