AMOR NO ARGÊNTEO MAR

SOBRE O ARGÊNTEO MAR

Jorge Linhaça

Sobre o mar prateado navego...

As argênteas espumas me envolvem.

Selene , ao alto, me espia, pranteia.

Navego, sem radar em rumo cego...

As trevas que, silentes, me absorvem...

Os riscos de encalhar em bancos de areia,

Somente na luz da lua me apego,

para espantar os medos que me consomem.

Navego, qual licantropo, na lua cheia.

( Aos cuidados de Netuno me entrego.)

Oh, Iemanjá, dizei-me, como podem,

os homens, superar o canto das sereias.