Amo-te

Amo-te

Amo-te tanto que me esparramo

pelos cantos da vida a tua procura.

E quando não estás à mercê dos meus olhos

me alucino e me abomino...

Buscando-te em todas regiões áureas

da minha alma já sem calma.

Amo-te tanto que já sem encanto,

sigo a te procurar em paises que não habitas...

Amor meu , Amor meu ,

perdida sigo por confins e utopias vãs

sempre no teu encalço...

Olha, amor meu... Longe de ti,

os retratos ficam sem cores e os alimentos sem sabores...

Amo-te tanto que a nossa história perde-se

em túneis cinzentos que lembram o poetar de Neruda...

Amor meu... não espero que grudes em mim,

mas, quero que fiques em mim...

Amanheças em mim e anoiteças ao meu lado

saciando a minha solidão e fome de ti.

Depois, amor meu... Caminho em desatino

pela vida esperando...

Nem as “Sem razões do amor” do poeta Carlos

preenchem as noites que ficam vagas

sem o teu surpreendente amor...

Quando te encontro me esbaldo e me perco nos teus olhos

e no teu corpo esfomeado...

Então, depois de te amar, sigo agoniada

entre cheiros, sabores e sinfonias universais...

Amo-te tanto que fico à espreita

entre as esquinas dos paises que habitas te esperando....

27/02/08

Obs: Este poema está na Antologia de poetas brasileiros contemporãneos 68

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Marisa Piedras
Enviado por Marisa Piedras em 27/02/2008
Reeditado em 20/03/2011
Código do texto: T878670
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