SE CHEGASSES AQUI...

Se chegasses aqui à tardinha.

Quando o sol estivesse morrendo no horizonte.

Se chegasses aqui e me visses a tomar água da fonte.

Se chegasses aqui na campina.

Se me visses menina.

Ah, meu amado!

Se visses como eu brincava no gramado.

Se andasses pelos lugares do passado.

Queria-te a balançar comigo neste balanço tão bem amarrado.

E queria-te a me trançar os cabelos.

A deslizar os dedos pela minha face.

E queria um beijo doce que nosso amor selasse.

Queria tanto.

De volta tudo.

Tudo que guardo na memória.

Dizem que o que a memória guarda está registrado.

Então tudo isto está arquivado.

Ninguém rouba o que nos é dado.

SONIA DELSIN
Enviado por SONIA DELSIN em 27/02/2008
Reeditado em 13/04/2011
Código do texto: T877942
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