ALMA NUA

No sulco da face

Escorre o néctar

Que brota dos olhos

Espelho da alma

Que chora desnuda

Em face ao apelo

de entregar-se

Aos devaneios

Ao insano desejo

Ao latente pulsar

das entranhas, dos seios

enrijecidos,

dos reprimidos anseios,

Do amor

que escondido

Revelou-me

por inteiro