CÉU DE VIDRO
Abri minha janela
e as certezas
que nunca tive,
entraram junto
com minhas dúvidas e
anseios...
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Lembranças queridas
me trazem um pouco de você
e minha alma ri...
Estrelas fugidias,
errantes
irradiam magia,
em meio ao silêncio
da rua deserta...
Mais além,
um som manhoso
de um tango milongueiro
vagueia pelos cantos
daquelas portas de muitas cores,
multicores...
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Pra que me entregar
nos braços
de Morfeu
e perder este espetáculo,
que me embebeda
a alma
e mata minha sede?...
Continuo
e me sinto
dono da noite
que galopa
sonhos,
entre brisa e luar.
Na parede
da casa adormecida,
vejo nuances de
verdes que se
encastelam
e se engancham,
mostrando que arte
é também e apenas
uma maneira de viver...
Retorno
e fecho a janela,
para o dia
que vem chegando.
Adormeço...
Vinhedo, 26 de fevereiro de 2008.