Corvos da Noite.

Voa os corvos negros graúna

Entre os escombros do pranto

Que a vontade não vence destruir

As cicatrizes deixadas pelos açoites

Laminados em banho veneno sem

Compadecer da tortura das noites

Os corvos planam sobre o tumulo aberto

Deste deserto em espessos nevoeiros

Proferindo a sentença angustiante da traição

No rosto o rasgo das mascaras irônicas,

Iguais, com expressões insensíveis

Adstringente da lagrima invisível

Do tudo, onde quer que haja o amor

Perfeito com poderes castos e enigmas

Ilógicos estarão também um poeta

Formando letras chorando amoroso

O poema descoberto,no incerto seio

Das veredas lineares de um simples amor.