Nas asas do vento
Nas asas do vento, voei.
Na curva do tempo, avistei.
Um amor perdido no tempo,
que o tempo não quis apagar.
Tinha escondido no peito
um punhado de esperança
de um dia poder revive-lo.
Uma brisa de saudade, soprou.
Uma canção de lamento, soou.
Uma pequena chama ardeu.
O coração, forte, bateu.
(por um momento) perdi meu norte.
Na tela, o olhar misterioso de passado distante.
Por trás de óculos escuros, um semblante sereno
parecia contemplar o meu tamborilar nervoso,
enquanto o cursor piscava, frenético,
ansioso por uma abordagem.
Eu queria dizer: estou aqui.
Nossos perfis diziam:
corações ocupados, vidas em cursos opostos,
caminhos diferentes, amores deixados para trás.
Frutos benditos gerados,
de outros seres amados
por novos amores, com novas juras amor.
Eis o amor de outrora, que desejei.
Então, o amor de agora
me trouxe de volta à razão.
Nas asas do vento, voltei.
Na curva do tempo, cliquei.
Fechei a página do amor,
do amor que não posso mais amar.
Este texto faz parte da coletânea Alma Nua de Ivo Crifar, pela editora Baraúna.
Nas asas do vento, voei.
Na curva do tempo, avistei.
Um amor perdido no tempo,
que o tempo não quis apagar.
Tinha escondido no peito
um punhado de esperança
de um dia poder revive-lo.
Uma brisa de saudade, soprou.
Uma canção de lamento, soou.
Uma pequena chama ardeu.
O coração, forte, bateu.
(por um momento) perdi meu norte.
Na tela, o olhar misterioso de passado distante.
Por trás de óculos escuros, um semblante sereno
parecia contemplar o meu tamborilar nervoso,
enquanto o cursor piscava, frenético,
ansioso por uma abordagem.
Eu queria dizer: estou aqui.
Nossos perfis diziam:
corações ocupados, vidas em cursos opostos,
caminhos diferentes, amores deixados para trás.
Frutos benditos gerados,
de outros seres amados
por novos amores, com novas juras amor.
Eis o amor de outrora, que desejei.
Então, o amor de agora
me trouxe de volta à razão.
Nas asas do vento, voltei.
Na curva do tempo, cliquei.
Fechei a página do amor,
do amor que não posso mais amar.
Este texto faz parte da coletânea Alma Nua de Ivo Crifar, pela editora Baraúna.