A boate e o passado
Era de madrugada, quando aquela boate.
eu abandonei.
a noite estava fria a chuva e o vento fazia
meu corpo tremer.
procurei por um lugar no vão de uma porta
ali me abriguei.
recordei meu passando, por vários minutos,
eu voltei a sofrer.
aquela boate maldita
onde eu não devia ter ido
mas como eu ia saber...
que aquela mulher,
que eu amei no passado
se, encontraria ali...
nos braços de outro,
enquanto bebia ela sorria
olhando pra mim...
Aquela boca...
que eu beijei um dia, outro boca beijava
pra me fazer ciúmes
aquele corpo...
que um dia abracei, outro corpo abraçava
apenas por abraçar
por isso deixei...
a maldita boate, aqui fora o frio e a chuva
não me deixam chorar!
Balneário dos Prazeres: 25 / 02 / 2008
Pois é... sempre que o detino , o acaso ou até as nossas próprias memórias nos obrigam a revisitar o passado, haveremos sempre de recordar uma boca amada, um olhar, um perfume, um sorriso que não soubemos ou não pudemos guardar.
Beijinhos deste lado do Oceano.
Clotilde S