PARADOXOS

Eu te amo com

total veneração,

completo despudor,

vulgar obscenidade,

com tal sublimidade,

com todos os paradoxos

que através de mim se expressam.

Te amo com alegria,

com tôda a pureza,

de meu terno coração.

Eu sou uma criança

e em outras horas uma devassa,

que na cama tudo aceita,

desde que venha de você.

Eu sou tão despreendida

mas ao mesmo tempo possessiva,

sou o riso argentino de tua voz

e sou o pranto que derramo várias vêzes.

Eu sou o tudo

e sou o nada.

Sou furacão que sacode os teus dias

mas também sou calmaria,

o teu desejo mais profundo

e outrossim tua agonia.

E assim noite e dia,

seguimos tu e eu,

a esperar que cesse a ventania

e que cheguem os tempos de magia...

Daniela Oliva
Enviado por Daniela Oliva em 24/02/2008
Código do texto: T874056