SENTIMENTO ENIGMÁTICO

Que doce veneno tem, o teu poema

Que aumenta o efeito de um dilema

Apoderando-se de mim ?!

Custa-me, então voltar à realidade,

Envolvendo-me neste tanto de saudade

Que não tem fim !

Eis que a madrugada sobreveio

E me deleito neste poético veio

Pensando em ti !

E vasculho neste site em tua procura,

Na mística realidade da loucura,

Na qual mergulho !

E neste plasma torturante, enlouqueço;

Do final de cada verso até o começo,

Com muito orgulho !

E vou de passo em passo ao infinito;

Nas asas deste sonho tão bonito! ...

Mas com cuidado !

Pois sei que sentimento é muito frágil;

Entranhando-se em mim, de forma ágil,

Como um fado !

E Então eu me coloco novamente;

Diante de um final eternamente,

Dando voltas !

E pago por este sonho, alto preço;

Pois me estranho com este doido apreço,

Sem escoltas !

Em confusões e quimeras, então eu sigo;

A propagar que te considero um amigo,

Rompendo o sonho !

Quem sabe, um dia serei a tua musa,

Mesmo assim sendo tão confusa,

Neste ofício !

E enterro nesta cova, o sentimento

Que trago comigo neste momento

Tão difícil !

Que é discernir a dúbia realidade;

Que me consome nesta mórbida saudade,

Do que há em mim !

E me encontro no que há de mais inverso;

No começo enigmático deste verso !

Que chego ao fim !

SIRLEY VIEIRA ALVES