Morpho
“Morpho”
Casulo não se mostra
Em minhas mãos ele fica
Mata atenta aos sons
Movimentos de folhas
Olha para cima vê luz
Olha para baixo, reluz
Esquenta a alma
E retira a casca
Azuis, asas molhadas
Nenhum som
Só o estalido
Dos galhos estendidos
Borboleta presa está
Duas opções de vida
Se aperto, ela fenece
Se solto, vai-se
Mas quando abro palmas
Ela permanece
Escolheu meu calor
Colheu o que plantou
E agora ardendo
Ela voa e volta.
JB Alencastro