POR ONDE ANDAS...

Avida em seu caminhar

rasteiras imperceptíveis nos dão no olhar

sentimentos aniquilantes que nos destrói

um coração sofrido e uma saudade que doí.

O acaso traiçoeiro e pérfido

arrebata o que nos é mais caro

levando alma, sentimentos, em gracejos lépidos

como não se houvera um nada

algo sem amparo.

Rouba-nos o puro em um repente

o amor que nos era eternal

deixa-nos sem a áurea envolvente

extirpando-nos o Ego

é o final.

Saudades que ainda tatuam meu ser

sentimentos que ainda me afloram

fragmentos de meu bem querer

pedaços que na alma, ainda, adornam.

Seu corpo ainda emoldura em meu corpo

seu clímax sinto ainda nas entranhas

seus lábios à percorrer meu dorso

quantas saudades tamanhas.

Bumerangues do infinito

me tenha-a de volta

pela brisa da primavera

nos braços de uma quimera

amparando minha musa bela.