Nina D.
Nesses dias solitários,
Observando atentamente o céu pude descobrir...
Constelação distante, mas de brilho longo...
Constante...
Engraçado foi a maneira na qual a descobri,
Na alta madrugada a suspirar,
Suspirando em vão por um pequena estrela que já se apagou,
Pois tinha um brilho muito volátil.
Brilhou tanto e tão rápido,
De tão intensa perdeu seu brilho;
Deu lugar assim a uma nova e mais brilhante constelação...
Cientista que não sou,
Tive de batiza-la, para meu maior deleite.
Qual nome?
Estando a pensar, a constelação se aproximou
Não me deixou terminar o pensamento,
Pois meio a contragosto me disse:
-"Querido, já possuo nome."
Quem havia dado esse nome?
Mui provável foram os deuses antigos,
Mas como bom descrente, resolvi por perguntar.
Oh, mui brilhantes estrelas, a que nome Deus vos dá?
-"NinaD e é só isso que por enquanto saberás, a não ser que;
Se por grande inspiração poeta fores e em versos me cantar."
Pude apenas vislumbra-la por mais alguns instantes, antes que o sol se levantasse no horizonte.
Enquanto aguardo o seu retorno, solitário,
Faço eu o que ela me disse:
Por inspiração me faço poeta e a canto até que regresses, para que possamos cantar juntos
A insondável beleza de seus olhos.