Nina D.

Nesses dias solitários,

Observando atentamente o céu pude descobrir...

Constelação distante, mas de brilho longo...

Constante...

Engraçado foi a maneira na qual a descobri,

Na alta madrugada a suspirar,

Suspirando em vão por um pequena estrela que já se apagou,

Pois tinha um brilho muito volátil.

Brilhou tanto e tão rápido,

De tão intensa perdeu seu brilho;

Deu lugar assim a uma nova e mais brilhante constelação...

Cientista que não sou,

Tive de batiza-la, para meu maior deleite.

Qual nome?

Estando a pensar, a constelação se aproximou

Não me deixou terminar o pensamento,

Pois meio a contragosto me disse:

-"Querido, já possuo nome."

Quem havia dado esse nome?

Mui provável foram os deuses antigos,

Mas como bom descrente, resolvi por perguntar.

Oh, mui brilhantes estrelas, a que nome Deus vos dá?

-"NinaD e é só isso que por enquanto saberás, a não ser que;

Se por grande inspiração poeta fores e em versos me cantar."

Pude apenas vislumbra-la por mais alguns instantes, antes que o sol se levantasse no horizonte.

Enquanto aguardo o seu retorno, solitário,

Faço eu o que ela me disse:

Por inspiração me faço poeta e a canto até que regresses, para que possamos cantar juntos

A insondável beleza de seus olhos.

MMFelix
Enviado por MMFelix em 23/02/2008
Código do texto: T871872
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